Iniciamos a nossa terceira semana da campanha #JuntascomBeleza! Primeiramente, para quem ainda não conhece o projeto, durante todo o mês de março estaremos postando um conteúdo semanal em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, a fim de apresentar mulheres empoderadas e inspiradoras para nossas belezetes. E, para a matéria dessa semana, decidimos falar um pouco sobre memória e ancestralidade.
Nós, mulheres, buscamos diariamente lutar por nossos espaços e alcançar posições que, até o momento, nos foram limitadas. Mas, se hoje estamos nessa posição de poder almejar e desejar mais do que temos, foi porque outras mulheres também lutaram por essa liberdade. Por isso, vamos apresentar para você algumas dessas pessoas que fizeram história dentro de suas realidades e que, consequentemente, se refletem no que podemos ser atualmente. Confira!
Harriet
Aos 27 anos, teve sucesso em sua primeira fuga. Ao lado de dois do seus irmãos, conseguiram chegar até Filadélfia, território em que a escravidão já era proibida. Aos poucos, trabalhando como doméstica e cozinheira, conseguiu juntar fundos para custear suas idas à antiga fazenda na tentativa de ajudar outros escravizados na busca pela liberdade.
Harriet tinha apenas as estrelas, os rios, e sua coragem como guias. Segundo estudos, ela conseguiu resgatar cerca de 60 pessoas em todas as suas missões, o que a transformou em uma figura importantíssima na história da luta pelo fim da escravidão. Apesar de uma vida tão árdua, sua determinação e força a tornaram heroína, que será lembrada para sempre.
O filme Harriet está disponível no catálogo do Prime Vídeo.
Quarto de despejo
Desempregada e grávida, aos seus 33 anos, sobrevivia como catadora de lixo na favela de Canindé, zona norte da capital paulista. Nos tempos livres, usava cadernos que encontrava durante seu trabalho para registrar seu dia a dia dentro da comunidade. E, a partir de um desses seus diários, nasceu “Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada”.
Nesse livro, Carolina reúne seus relatos do cotidiano dentro da favela de Canindé, de forma bem sincera e direta. A história detalha todas as dores e sofrimentos vividos pelos moradores locais. É emocionante por toda sua riqueza de detalhes, que permite imaginar a angústia vivenciada por aquelas pessoas. O livro foi um marco para mulheres na literatura, principalmente dentro do movimento negro. Vale a pena a leitura!
Nina Simone
Nina foi uma das muitas vítimas do racismo. Aos seis anos, aprendeu a tocar piano. E, quando completou dez anos, fez sua primeira apresentação, na qual seus pais foram retirados da primeira fila pelo argumento de que estariam ocupando um lugar destinado a pessoas brancas. Essa foi uma das situações que impulsionaram o seu desejo e militância por igualdade racial.
Deu continuidade aos seus estudos de piano na Faculdade Juilliard, durante quatro anos. Após esse período, mudou-se para Filadélfia e, ao tentar bolsa de estudos no Instituto de Música Curtis, mais uma vez sofreu com o preconceito devido à sua cor de pele, tendo o pedido negado. Mas, apesar das dificuldades, nada a impediu de se tornar uma das maiores referências dentro da música clássica no mundo.
Como uma grande artista, fez de sua vivência como mulher negra uma grande inspiração. Lançou grande hits como “Felling Good”, “I Put a Spell on You” e “Mississippi Goddam”, que tornou-se um dos maiores hinos, como forma de protesto, do movimento negro. Nina fez história, e ainda se faz presente através de sua arte.
Sua músicas podem ser ouvidas pelo YouTube!
Essas são algumas das mulheres que fizeram história, e nos motivam a continuar construindo a nossa. Gostaram de conhecer um pouco mais sobre elas? Deixe aqui nos comentários! E, para ler mais textos como este, acesse nosso blog.